Qualquer pessoa pode se tornar disciplinada, desde que se dedique a tal projeto. Contudo, para quem trabalha e estuda, um comportamento mais autorregulado é primordial. Caso contrário, não haverá êxito nem em um âmbito nem no outro. Algumas ações podem nortear uma pessoa que queira desenvolver a disciplina. Continue a leitura:
A maioria das pessoas gosta de fazer alguma atividade em particular. Algumas fazem por hobby, mesmo sem ter muito conhecimento técnico sobre o assunto, e outras parecem ter nascido para fazer aquilo. Seja cozinhar, escrever, desenhar, desmontar aparelhos para depois montá-los novamente etc., o fundamental é fazer porque se gosta.
Se puder unir o útil ao agradável, será ainda melhor. Afinal, a concretização de um projeto se torna muito mais palpável quando envolve uma tarefa com a qual você se identifica. Isso acontece porque a motivação — que deve ser algo interno — surge naturalmente quando fazemos algo que nos dê prazer.
E nada melhor para garantir a sensação de bem-estar e condicionar a disciplina do que fazer uma atividade que esteja alinhada ao nosso desejo e ao nosso gosto.
Fazer o que se quer fazer nem sempre é possível, mas, nesses casos, deve-se encarar tal ocupação como um degrau que precisa ser galgado para chegar aonde se almeja.
Um exemplo disso é estudar para ingressar em uma universidade. A grande maioria das pessoas não gosta dos conteúdos ministrados no ensino médio. Contudo, eles são necessários para prestar vestibular e para fazer o Enem. Como o foco é a faculdade e o curso escolhido para exercer a profissão dos sonhos, faz parte do processo estudar as matérias menos prazerosas.
O mesmo ocorre ao começar a trabalhar em uma empresa. Por vezes, a porta de entrada é um trabalho que não traz muita satisfação. No entanto, se encarada como forma de aprendizado, essa função poderá levar o indivíduo a ocupar cargos mais elevados, que trarão maior realização pessoal e profissional, além do prestígio social.
Quando queremos mudar hábitos desfavoráveis, é comum que o esforço inicial seja maior. No entanto, se mantivermos o foco, após algum tempo, os frutos desse empenho surgem diante de nós e nos dão força para continuar em nosso propósito.
Portanto, observe sua rotina. Pontue em quais ações você quer ter uma mudança e, se necessário, faça uma lista. A partir daí, comece pelo que julga ser mais simples, aumentando gradualmente a duração das tarefas e a intensidade com que são feitas.
Por exemplo, se o seu objetivo é estudar duas horas todos os dias, comece estudando meia hora e estenda esse tempo sempre que sentir que já pode avançar.
“Para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve.” Essa frase de autor desconhecido resume bem o verdadeiro sentido que deve ter nossas ações: a motivação. Ela é o que nos move e, sem tê-la, nem nos levantamos da cama pela manhã.
Contudo, para ser motivado, é preciso que o nosso projeto tenha relevância, que seja importante para nós mesmos. Por isso, tenha um objetivo maior, e trace pequenas metas para conquistar ao longo do caminho. Faça um diário para registrar seus avanços: eles lhe servirão como incentivo para ultrapassar etapas.
Conhecer a si mesmo é fundamental para que se obtenha o sucesso pessoal e profissional. Ter ciência das suas capacidades e também das suas limitações lhe permite melhorar os pontos fracos e intensificar os fortes.
Por exemplo, saber quanto tempo você gasta em uma determinada tarefa fará com que seu planejamento seja mais realista e condizente com as suas competências. Assim, você não deixará um espaço menor do que o necessário em sua agenda para realizar uma função de forma que, ao não conseguir cumprir o prazo, tenha as outras tarefas prejudicadas.
Contudo, o trabalho de se autoconhecer não é fácil. Somos seres em construção e, por isso, nos modificamos a todo instante. Em alguns casos, uma ajuda profissional é necessária. E não é vergonha alguma reconhecer que precisa desse auxílio.
Os psicólogos podem nos ajudar nesse processo. Eles têm ferramentas como testes vocacionais e de perfil comportamental, que fazem com que possamos nos autoanalisar e perceber quais são nossas principais características e como podemos utilizá-las em nosso favor.
Pessoas resilientes recuperam-se rapidamente das quedas, não se prendendo ao que não deu certo. Assim sendo, são flexíveis e se adaptam com mais facilidade às mudanças.
É comum ver pessoas se queixando do que não aconteceu da forma como elas queriam. A diferença entre esses indivíduos e os que têm resiliência é a forma como eles lidam com as intempéries da vida.
Quem almeja ter disciplina não se atém ao que deu errado, e sabe que reclamar só piorará a situação. Por isso, os resilientes aprendem com os fracassos, traçam novos direcionamentos e começam tudo de novo no outro dia.